sábado, 2 de novembro de 2013

Para refletir: esconde-esconde versão adulta! .


"Em seu bairro de infância, existia alguma criança que sempre se escondia tão bem que ninguém o poderia achar? Nós tinhamos. Depois de um tempo nós desistíamos dele e saíamos deixando-o 'mofar' onde ele estivesse. Cedo ou tarde ele apareceria, e nós ficaríamos todos furiosos por que tínhamos desistido de procurar por ele. E ficávamos furiosos por que ele não estava brincando do modo que o jogo era para ser jogado.

Existe a parte de se ESCONDER e também a de ACHAR, nós diziamos. E ele dizia que era esconde-esconde e não esconde-desiste, e nós todos gritávamos com ele sobre quem fez as regras, e quem precisou de quem... coisas assim. Não tinha jeito, na próxima vez ele se esconderia muito bem novamente. Tudo o que eu sei é que ele ainda deve estar escondido em algum lugar.
Conforme eu escreve isto, o jogo da vizinhança continua, e só há uma criança debaixo de uma pilha de folhas no jardim debaixo da minha janela. Ela está lá tem bastante tempo e todos os outros já foram encontrados, e estão prestes a desistir. Já considerei ir até onde as crianças estão, e contar onde ele está escondido. Pensei também em botar fogo nas folhas para tirá-lo de lá. Finalmente, eu gritei pela janela: 'Seja encontrado moleque!'. Eu o assustei tanto que ele provavelmente fez xixi nas calças, começou a chorar e correu para casa para falar com a mãe dele. É realmente difícil saber como ser útil às vezes.
Um homem que eu conheço foi diagnosticado ano passado com um câncer terminal. Ele era médico e sabia bem o que era morrer, e ele não queria fazer sua família e amigos sofrerem por causa dele. Assim ele guardou segredo. E morreu. Todos diziam como ele era valente ao aguentar todo o seu sofrimento em silêncio e não falar nada a ninguém e assim por diante. Secretamente, seus familiares e amigos diziam o quão furiosos estavam, pois ele não precisou deles, não confiou... E doeu por ele não ter dito adeus. Ele se escondeu bem demais. Ser achado o teria mantido no jogo. 
Esconde-esconde versão adulta: querendo se esconder, necessitando ser encontrado e confuso sobre ser encontrado: 'eu não quero que ninguém saiba. O que as pessoas irão pensar? Eu não quero incomodar ninguém'.
Melhor que esconde-esconde eu gosto de um jogo chamado sardinhas. Neste jogo uma pessoa é escolhida e deve se esconder e todo mundo vai a sua procura, quando alguém a encontra deve se esconder com ela. Rapidamente todos estão se escondendo juntos, todos empilhados em um lugar pequeno. E logo, alguém dá uma risada e todos começam a rir e são encontrados.
Alguns teólogos medievais descrevem Deus como o jogo de esconde-esconde. Entretanto eu penso que Deus gosta de jogar sardinhas, e Ele será encontrado do mesmo modo que todos são encontrados em sardinhas, pelo som da risada daqueles que estão amontoados no final.
As crianças na rua estão cantando, mas na realidade querem dizer: 'apareça, onde quer que você esteja. Vai começar um jogo novo'. E assim digo a todos aqueles que estão se escondendo bem demais: Seja encontrado, vai começar um jogo novo!"
      Esconde-esconde versão adulta, eu já curti jogar... Mas me sinto tão mais feliz por ter começado um jogo novo, acredito que esse chamado sardinha descreve bem: todos em busca do que está escondido!
     Me sinto feliz e em paz por saber que fui encontrada e Deus tem me dado oportunidades de encontrar outros e me esconder junto Nele, as risadas de fato atrai a atenção!
     Espero que este texto te faça refletir também!!! 
Deus abençoe, Mafe=) 

*Texto do livro: "Tudo que eu devia saber aprendi no Jardim de Infância" - Robert Fulghum.

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