sexta-feira, 27 de abril de 2012

Desfrute do Caminho!


Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.
João 14:6

Caminho...caminho... é interessante que por poucas vezes atentamos para o caminho que passamos, em uma viagem por exemplo, ansiamos por chegar logo ao lugar de destino, e não percebemos as paisagens passadas, nem as pessoas que cruzamos.
Por vezes nossa pressa de chegar nos faz perder todas as "pequenas" grandes coisas do dia a dia. Quando levamos mais tempo na trajetória para algum lugar, tipo trabalho, para casa, enfim, nossa impaciência impera, nossa ansiedade vai a mil, e já não conseguimos ver a beleza das coisas, das pessoas, das cores. Deixamos de curtir o caminho...

Hoje meditamos sobre este texto de João 14 e pude perceber que por vezes passamos a nossa vida toda buscando chegar a algum lugar e não atentamos para o caminho.
Pode-se buscar chegar em alguma formação, em alguma profissão ideal, em algum sonho de consumo, mas que caminho escolhemos???
Pode-se buscar chegar a uma vida santificada, a ser exemplo de cristão, a algum campo missionário, mas será que olhamos para o caminho???
No versículo 6 de João 14, Jesus nos diz que Ele é o CAMINHO, a verdade e a vida... ELE É O CAMINHO!!! Será que atentamos para isso, independente de onde você quer chegar, se o seu destino final é estar com Deus, não deixe de desfrutar do caminho e entenda este caminho, olhe para a vida de Jesus.
Esse Caminho não é fácil, tem as suas  muitas dificuldades. Mas tudo coopera para te tornar melhor e para sermos cada dia mais semelhantes a Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a VIDA!

Não passe a sua vida correndo para chegar em algum lugar... atente-se para o Caminho, desfrute, viva e siga ,não perca nenhum detalhe, o destino é consequencia deste Caminho. O importante não é chegar e sim como chegar!

Escolhi, pela graça de Deus, um caminho maravilhoso... com suas dificuldades, curvas, subidas. E nesta trajetória busco perceber as vidas que cruzam meu caminho, quero dia a dia compartilhar com elas isso, para que elas possam também seguir por este Caminho e serem transformadas e usadas para compartilhar com outros, para que o maior numero de pessoas entendam que este é o Único caminho que nos leva ao Pai. Jesus Cristo é o caminho, a verdade e a vida, e ninguém pode chegar a Deus senão por Ele.
Se você nunca pensou nisso, pense... qual caminho você tem tomado? Sua prioridade é onde você quer chegar? Não se esqueça que o que importa é como você vai chegar...
Analise e veja você mesmo, não há outro caminho senão a Jesus Cristo!!!

Abraço, Mafe
Vou compartilhar uma musica que gosto bastante...

Seguro Vou - Palavrantiga

"Caminho, seguro vou em Tuas mãos
Caminho, prossigo para o alvo
Caminho sem medo
Às vezes eu tenho
Mas só num instante
Caminho perfeito és Tu

Caminho, sincero vou em Tuas mãos
Caminho, prossigo para o alvo
Caminho mistério não sei dessas curvas
Tu és o meu guia
Caminho perfeito és Tu
Seguro vou em Tuas mãos
Sei que tudo isso passará
Em Tua graça eu vou
Tens esperança em mim
Quem me sustenta é Tua palavra
Vou
Segurou vou em Tuas mãos
Sei que tudo isso passará
Em Tua graça eu vou
Tens esperança em mim
Quem me sustenta é Tua palavra
Vou
Vou se a chuva quiser trovejar
Mesmo se o céu escurecer
Pois o meu rumo é caminhar contigo eterno prosseguir
E ter a graça de ser Teu Pra ser espelho e refletir
Tua luz e o mundo iluminar
"

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Devaneios em meio as desventuras da vida!




Hoje me aceito como sou.

Por mais que já tenha ouvido muitas coisas de outros, sei que não sou.

Corajosa. Não, não sou, tenho medo das mudanças, mas tentei passar a segurança que os outros têm em mim.

Forte. Não, não sou, sou um poço de fraquezas, mas o estilo fortaleza até que às vezes me faz bem. Não sei por que faço assim.

É difícil tentar ser o que não é, é cansativo, estafante... É difícil viver a estatura, a expectativa do outro. Hoje eu me aceito como sou.

É libertador reconhecer quem de fato sou, me aceitar e ser aceita por simplesmente ser assim.

Minha humanidade me faz olhar para a humanidade do outro. Naquilo que somos iguais, somos totalmente diferentes.

Isso me fez entender que preciso me aceitar, para aceitar o outro para ser aceita.

Preciso conhecer o outro para me conhecer, preciso compartilhar para poder ajudar.

Preciso rir com outro, não tem graça rir sozinha, preciso chorar com o outro para me sentir consolada, preciso estar com o outro para me enxergar.

Somos seres interdependentes, às vezes dependo mais do outro, às vezes o outro depende mais de mim, e assim vivemos todos na total dependência de Deus.

Eu preciso de apoio, preciso ser encorajada, pois isso fará com que eu apoie e encoraje a outros.

Preciso de tempo, me revelo aos poucos.

Se sentir a confiança do outro, então confio também, se sinto liberdade no outro, me sinto a vontade também, se sinto distância no outro, me disto também. Aos poucos me conheço e aos poucos o outro me conhece e aos poucos me reconheço também.

Tudo isso pode não ser bom...

Reconheço meu lado desconfiado, fechado, competitivo, frágil, minha incompetência, impaciência e prepotência. Reconheço que me desenvolvo e mudo à medida que convivo com o outro que se desenvolve e muda à medida que comigo convive.

Não sou e nunca serei o que querem que eu seja, mas pela graça de Deus sou o que sou.

Hoje eu me aceito como sou, sabendo que dia a dia vou mudando conforme convivo com o outro, e aceito o outro também que muda dia a dia conforme convive comigo.

Maria Fernanda de Campos


           Isso foi um exercicio em uma das aulas que tive, a tarefa era pensar sobre si e elaborar o texto, busquei colocar tudo que estava pensando...


terça-feira, 10 de abril de 2012

A gente se acostuma mais não devia!

Li este texto e decidi compartilhar, otimo para refletir em como nos acostumamos fácil...

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.
A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.
A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.
A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

- Texto de Marina Colasanti, extraido do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pg.09.